Este filme foi lançado em 1997, dirigido por ninguém menos que Alan Rickman. Recebeu boas críticas e muitas ruins também. Alan escolheu Emma Thompson para seu filme.*
Abaixo segue a declaração de um colunista sobre sua percepção do filme.
"Não é difícil perceber que "Momento de Afeto" ("The Winter
Guest") é um filme sobre o "ciclo
da vida". Basta ver as primeiras
imagens de uma velhinha caminhando (às vezes, se arrastando)
pela neve, alternadas com as de
uma mulher, sua filha, rolando inquieta na cama, e as de um menino, seu neto, se preparando para ir
à escola pela manhã.
É também o que faz dele em alguns momentos um filme constrangido (como se tivesse consciência do próprio clichê a que se propõe) e constrangedor. Tudo é demasiado evidente, a começar pelo esquematismo do roteiro, baseado na peça de Sharman MacDonald, que alterna personagens velhos obcecados pela morte e jovens descobrindo o sexo.
Atormentada e obcecada pelas lembranças do marido que acaba de morrer, uma fotógrafa (Emma Thompson), que vive isolada com o filho numa pequena cidade enregelada no litoral da Escócia, pensa em se mudar para a Austrália. Sua mãe (Phyllida Law, que também é mãe da atriz na vida real) vem visitá-la com o intuito de lhe dar apoio moral. Vem a pé pela neve, embora já esteja mais para lá do que para cá, aos trancos e barrancos, mas determinada a tirar a filha da depressão do luto.
O filme, o primeiro de Alan Rickman como diretor, mantém a unidade temporal da estrutura clássica da peça em que foi baseado, narrando toda a história em um único dia de inverno. Nesse espaço de tempo, a velha, apesar de seu estado físico, tenta despertar a filha de volta para a vida, enquanto o neto descobre o sexo com uma menina do bairro.
Paralelamente aos quatro protagonistas, duas outras velhas encasacadas vão de ônibus a um enterro (acompanham com afinco os obituários nos jornais e não perdem um funeral, mesmo quando não conhecem o morto) e dois meninos cabulando aula conversam sobre sexo e o sentido da vida diante do mar congelado, que parece guardar, metaforicamente, a resposta às suas perguntas." (BERNARDO CARVALHO)
É também o que faz dele em alguns momentos um filme constrangido (como se tivesse consciência do próprio clichê a que se propõe) e constrangedor. Tudo é demasiado evidente, a começar pelo esquematismo do roteiro, baseado na peça de Sharman MacDonald, que alterna personagens velhos obcecados pela morte e jovens descobrindo o sexo.
Atormentada e obcecada pelas lembranças do marido que acaba de morrer, uma fotógrafa (Emma Thompson), que vive isolada com o filho numa pequena cidade enregelada no litoral da Escócia, pensa em se mudar para a Austrália. Sua mãe (Phyllida Law, que também é mãe da atriz na vida real) vem visitá-la com o intuito de lhe dar apoio moral. Vem a pé pela neve, embora já esteja mais para lá do que para cá, aos trancos e barrancos, mas determinada a tirar a filha da depressão do luto.
O filme, o primeiro de Alan Rickman como diretor, mantém a unidade temporal da estrutura clássica da peça em que foi baseado, narrando toda a história em um único dia de inverno. Nesse espaço de tempo, a velha, apesar de seu estado físico, tenta despertar a filha de volta para a vida, enquanto o neto descobre o sexo com uma menina do bairro.
Paralelamente aos quatro protagonistas, duas outras velhas encasacadas vão de ônibus a um enterro (acompanham com afinco os obituários nos jornais e não perdem um funeral, mesmo quando não conhecem o morto) e dois meninos cabulando aula conversam sobre sexo e o sentido da vida diante do mar congelado, que parece guardar, metaforicamente, a resposta às suas perguntas." (BERNARDO CARVALHO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário